terça-feira, 29 de março de 2011

Curitiba 318 anos.


(mural de Poty Lazarotto, no close:Emilio de Menezes e Paulo Leminski)


Viva a Curitiba nossa de cada dia - frios em sua maioria -, de gente que reclama e de gente que se reúne para celebrar o "nada" nas noites de boemia. Dos verdes que contrastam com o cinza do céu e dos ligeirinhos que disputam com a alta velocidade dos playboys.
Nossa cidade não tem palmeiras, mas os sabiás ainda cantam entre os pinheiros e nós a amamos na alegria e na tristeza, pois é esse o chão de petit pavê que nos sustenta.
E a louvamos ainda, pois é Curitiba a cidade que deu fruto à Poty Lazarotto, que formou Zilda Arns, acolheu Manoel Carlos Karam, que esconde o vampiro Dalton Trevisan, que foi o berço de Emilio de Menezes e foi a testemunha da vida de um dos melhores (ou seria piores, no melhor dos sentidos?) poetas malditos do país: Paulo Leminski - e para o qual passo a vez de expressar sua "boca maldita":

" Conheço esta cidade
como a palma da minha pica.
Sei onde o palácio
sei onde a fonte fica,

Só não sei da saudade
a fina flor que fabrica.
Ser, eu sei. Quem sabe,
esta cidade me significa."

[Paulo Leminski, do livro La Vie en Close]

*** parabéns cwb***

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