No
próximo sábado, dia 03 de março, a artista faz a apresentação
oficial da obra “O Teatro da Passagem”
[Quem utiliza o terminal de transporte
coletivo do Campo Comprido já pode contemplar o trabalho da artista
plástica Juliana Burigo. A obra é o carro-chefe do projeto “O
Teatro da Passagem”, proposto para o edital “Travessias
Subterrâneas”, da Fundação Cultural de Curitiba (FCC). Dentre
todos os participantes, Juliana é a menos envolvida (pelo menos, até
a realização de “O Teatro”) com arte de rua. Juliana, aliás,
contesta a existência de uma fronteira entre a arte “acadêmica”
e a arte “urbana” ou “de rua”.
“Não acredito que exista ‘arte de
rua’. O fato de a obra acontecer na rua ou no museu não lhe
confere identidade ou legitimidade. Meu interesse não está em
categorizações e, sim, na pesquisa artística.” No dia 06 de
março, a partir das 19h, no Solar do Barão, Juliana participa de um
bate-papo em que abordará esse e outros aspectos ligados à sua
arte. O encontro também terá a apresentação de um vídeo e a
distribuição de uma publicação sobre seu trabalho.
A obra –
Juliana usou máscaras e tinta
automotiva rosa/magenta, em uma tonalidade criada especialmente para
“saltar aos olhos” de quem circula por entre as paredes de
concreto. “Na passarela, a cor tradicional da parede é pensada
para disfarçar imperfeições, escondendo ou atenuando defeitos. A
cor que usei acaba por destacá-los, evidenciando as superfícies por
onde passa: os buracos e grafismos no teto e nas paredes de concreto,
um papel colado, o chão de petit
pavê com um parafuso
incrustado...”, observa a artista. Os observadores mais atentos
podem parar e admirar as texturas e efeitos, mas, por sua extensão,
a arte também toca os que estão de passagem.
Os visitantes também podem pegar um
folder, com texto da artista plástica Lívia Piantavini, que os
auxilia a compreender o espírito de “O Teatro da Passagem”. O
folder, aliás, pode ser montado, reproduzindo a galeria e a obra.
Arte e mobilidade - A iniciativa da FCC busca aproximar as
pessoas da arte, tirando os trabalhos de seus espaços tradicionais e
os levando para ambientes “profanos” da cidade. O objetivo é
provocar estranhamento e despertar o espírito crítico e estético.
Apenas para se ter uma ideia do alcance da proposta, o terminal do
Campo Comprido, palco de “O Teatro da Passagem”, é servido por
19 linhas de ônibus, com frequência média de 38,5 mil
passageiros/dia.
Ao todo, cinco grupos de artistas
participaram com intervenções nos terminais do Capão Raso, Vila
Hauer, Campina do Siqueira, Campo Comprido e Cabral por meio do
Programa de Apoio e Incentivo à Cultura. A temática varia, tendo em
comum a busca de uma reflexão sobre questões da contemporaneidade e
da vida nas grandes cidades. ] trechos retirados do release do mailing
Data:
sábado - 03/03/2012Local:
Terminal do Campo CompridoHorário:
das 15h às 18h
Bate-papo
com Juliana BurigoData:
06/03/2012Horário: 19hLocal:
Solar do BarãoEndereço:
Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533 - Centro
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